
Citando Lenine pra inspirar, rsrs
Quem escolhemos pra nos inspirar? Quem ou o que escolhemos ver, conhecer, ouvir, acompanhar em nosso dia a dia? Essas pessoas/coisas te motivam e impulsionam a ser melhor, ou te mostram uma “realidade” difícil de praticar, ou que você nem sabe se gosta, se concorda… As escolhas que fazemos são nossas. Elas podem até estar equivocadas, ou só inapropriadas, mas seguir com elas após esse veredicto é mais uma vez uma decisão. E é nossa. Somos auto-responsáveis?
…
Eu não programo, não provoco. Não fico ansiosa por esse momento. Mas ele vem. Alguns dias antes do começo do novo ano, há uma consciência latente que se manifesta e determina: é necessário preparar o terreno pra um novo ciclo. E é propício interromper a velocidade de cruzeiro, desativar o piloto automático. Tomar nas mãos esse mapa das próximas rotas. E customizar-se. Tornar-se, de novo e sempre, a cara de si mesma.
Primeiro acontece, depois percebo.
E hoje, ao acordar, uma fisgadinha que eventualmente me beliscava, se mostrou preponderante. Me aproprio do meu celular e começo a encarar de frente: quem eu sigo e porque.
Um dia a gente está vendo alguma coisa, está numa vibe, tem seu desejo despertado e aí, pá! “Seguir”. A partir dali, todos os dias aquele influenciador (pessoa, empresa, ideia) povoa nossas redes sociais. E de vez em quando é um saco. Mas também é ‘cruzeiro’ passar a vista por ali todos os dias. Passa também o tempo. Aí você se transforma. Tudo se transforma, o tempo todo. E de repente o que era desejável, motivador, ideal, inalcansável… Às vezes vira lixo. Não por ser lixo. Mas por se tornar, pra mim, ou pra você. Não nos acrescenta mais, não interessa, cansa, que tédio! Que vazio! Mas fica ali. E a gente olha. Porque acostumou a olhar. E se compara, e fica entediado, ou frustrado. As vezes pula o stories. Mas está ali.
Hoje comecei minha faxina de novo ano. E foi limpando o que está ao meu redor e que não tem mais a ver comigo. “Grata, um dia teve importância. Mas, hoje, você me traz angústia, ansiedade, vazio, sensação de farsa. No, thanks. Prefiro o que é a minha cara. Nem que seja a cara do que eu quero pra mim. E meu primeiro desejo é que verdades definam meus relacionamentos. Inclusive os virtuais”.
Então, fiquei com belezas, fitness, saúde, viagem, moda, decoração, humor, astral e levezas. Mas não só isso. E sim, inclusive isso.
Para 2020, relações mais verdadeiras. Com os exemplos que escolho e dou, com os amigos que quero por perto e longe daqueles de que prefiro distância (mas não quero mal), com a família. E com o Amor. E comigo.